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liderar a corrida pela energia renovável e limpa - com 165 usinas de energia
eólica, sendo 33 em operação – a Bahia continua recebendo novas fábricas de
equipamentos e componentes industriais para a energia gerada pela força dos
ventos. Foi inaugurado em 30 de janeiro de 2015 no município de Jacobina, a 340
quilômetros de Salvador, as Torres Eólicas do Nordeste (TEN), com investimentos
de cerca de 30 milhões de euros. O empreendimento é resultado da união entre a
brasileira Andrade Gutierrez e o grupo francês Alstom. A solenidade teve a
presença do governador Rui Costa, do secretário de Desenvolvimento Econômico,
James Correia, e do presidente da Alstom Brasil, Marcos Costa.
Com
a fábrica, serão criados 250 empregos diretos e mais 600 indiretos em Jacobina
e região. A planta industrial da TEN, instalada em uma área de 140 mil metros
quadrados, terá capacidade para produzir 200 torres de aço para aerogeradores
por ano. “Escolhemos Jacobina porque o município está localizado bem próximo
aos principais projetos eólicos da Bahia. Vamos garantir mais eficiência nos
processos de implantação das usinas, reduzindo os custos logísticos e
aumentando a garantia de segurança do transporte destes gigantescos
equipamentos”, explica o presidente da Alstom Brasil, Marcos Costa.
A
TEN será a terceira unidade eólica da Alstom na América Latina. A empresa
possui uma fábrica em Camaçari - para a fabricação de nacelles - e outra em
Canoas (RS). A unidade de Camaçari, inaugurada em 2011, com capacidade de
produção de 300 MW dobrou sua capacidade já no ano seguinte. Ano passado, com a
adoção do terceiro turno, a capacidade local de fabricação e montagem subiu de
600 MW para 900 MW por ano.
Nova dinâmica na economia
Para
o secretário de Desenvolvimento Econômico, James Correia, a energia eólica vai
garantir uma nova dinâmica na economia do Nordeste – 80% dos parques eólicos
estão nessa região, e mais especificamente, no semi-árido baiano. “É uma região
com pouca diversidade econômica, que agora ganha uma nova fonte de riquezas.
Quando todos os projetos estiverem em operação, em 2020, serão gerados cerca de
R$ 30 milhões mensais para os proprietários rurais do semi-árido. Além disso,
ainda tem os empregos gerados na operação do sistema e, agora, na nova fábrica
de torres da Alstom/Camargo Correia”.
Em
2014, a Bahia terminou o ano na liderança da corrida pela energia eólica, sendo
o único estado a ter mais de quatro GW contratados, distribuídos em 165
empreendimentos. Desse total, 33 estão em operação, o que representa 841 MW
espalhados em diversos municípios baianos - Brotas de Macaúbas, Sobradinho,
Guanambi, Igaporã, Caetité, Sento Sé, Casa Nova, Bonito, Morro do Chapéu,
Cafarnaum, Pindaí, Gentio do Ouro, Licínio de Almeida, Campo Formoso, Riacho de
Santana, Itaguaçu, Umburanas, Mulungu do Morro e Xique-Xique.
A
expectativa para este ano é que seja superada a marca de um GW em operação. “Em
2015, caso projetos eólicos contratados venham a se equiparar aos de
hidrelétricas em funcionamento, os ventos se tornarão a maior fonte da matriz
energética da Bahia até o ano de 2020”, explica o secretário.
Com
investimentos de R$ 3,4 bilhões, a Bahia concentra a maior parte dos parques de
energia eólica e solar a serem instalados no país, a partir de 2015 - com
previsão de entrada em operação em 2017. O estado foi o principal destaque do
penúltimo leilão de energia, realizado pela Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel), em fins de outubro de 2014. Dos 62 projetos vencedores, 30
serão instalados em solo baiano (14 solares e 16 eólicos). Juntos, eles serão
responsáveis pela geração de 773,1 MW.
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