No Brasil mais de um milhão de toneladas de veneno foram jogados nas
lavouras em 2009.
São sete bilhões de dólares utilizados em compra de agrotóxicos no país,
e a venda é controlada por apenas seis empresas transnacionais, as quais
respondem por 80% do mercado internacional.
A utilização excessiva de agrotóxicos está diretamente ligada à política
agrícola adotada, um modelo explorador que impulsionou o aumento da produção de
forma dependente de pacotes agroquímicos, adubos, sementes transgênicas e
veneno.
A utilização dos agrotóxicos na agricultura contamina o ar, os rios, os
açudes, as terras cultiváveis e, de forma direta, boa parte dos alimentos
consumidos pela população.
Dessa maneira, a contaminação passa a ser um problema de saúde pública e
de degradação do meio ambiente. É preciso denunciar que o uso dos agrotóxicos
afeta as pessoas do campo e da cidade, contaminando não apenas os agricultores
que os produzem, como também quem os consome.
Na Paraíba não é diferente! O veneno está presente nos canaviais, nas
plantações de fumo e de frutas e hortaliças consumidas in natura. A
ingestão de alimentos contaminados por agrotóxicos pode causar vários tipos de
câncer, anomalias, mutação, nos fetos, aborto e mortes de pessoas e animais.
Em contraposição a esse modelo, aqui no estado uma grande quantidade de
famílias camponesas têm consolidado sistemas de produção e distribuição
agroecológicos que utilizam, por exemplo, defensivos naturais, redes de feiras
livres e bancos de sementes da paixão.
Dessa forma, torna-se necessário unir o campo e cidade no combate
incessante da aplicação de veneno. O combate aos agrotóxicos é um dever de todo
o povo que luta pela defesa da vida.
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