Cultura ganha novo modelo de gestão na BA para a produção de água, óleo,
farinha, leite e biomantas
A cultura de coco na Bahia está ganhando um novo
modelo de produção e gestão com a entrada da Aurantiaca no mercado. Com a
inauguração da fábrica prevista para este semestre no município do Conde, a 120
km de Salvador, a empresa vai beneficiar 100% do fruto, produzindo água, óleo,
farinha, leite de coco, além de fibra, que será usada para fazer biomantas. A
meta da empresa é comercializar cerca de 70 milhões de litros de água de coco
até 2017.
A Aurantiaca tem uma proposta de produção baseada na
gestão participativa com pequenos produtores e na remuneração por cumprimento
de metas de todos os seus funcionários. Segundo o vice-presidente da empresa,
Roberto Lessa, os 2.100 hectares de área total de produção prevista até o final
de 2014 serão divididos em glebas, unidades de produção que ficarão sob a
responsabilidade de um funcionário, chamado de arista, que terá metas de
produtividade a serem cumpridas. “Ao longo do tempo, eles terão um histórico
com essa área. Estarão sempre recebendo treinamento, capacitação para desenvolver
habilidades como identificar pragas e doenças na planta, proteção ambiental em
suas fazendas”, explica.
Uma das inovações da Aurantiaca é o sistema de
rastreabilidade. O arista poderá monitorar o desempenho de cada coqueiro, por
meio de uma placa com código de barras instalada no caule da planta. O código
de barras informa, por exemplo, a quantidade de frutos produzida e as doenças
que foram identificadas em casa planta. Atualmente, a empresa trabalha com 211
hectares de produção irrigada com microaspersão e totalmente focada na
agricultura de precisão. Até dezembro deste ano, a área de produção será de 1.600
hectares.
Biomantas
Com capacidade para produzir 2.000 m² de biomantas
de fibras por hora – atingindo 10 milhões m² ao ano – a indústria cria
condições de atender a grandes demandas por esse produto no Brasil, usado como
matéria-prima na área da construção civil, mineradoras e ferrovias. “O Brasil é
o quarto maior produtor de coco do mundo, mas não existia capacidade instalada
para atender o mercado em grande escala de biomanta. É nos Estados Unidos e na
Alemanha, que não tem nenhum pé de coco, onde estão as maiores indústrias de
fibras”, ressalta Lessa.
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