quinta-feira, 4 de julho de 2013

Empresa instala código de barras nos coqueiros e aproveita 100% dos frutos

Cultura ganha novo modelo de gestão na BA para a produção de água, óleo, farinha, leite e biomantas

A cultura de coco na Bahia está ganhando um novo modelo de produção e gestão com a entrada da Aurantiaca no mercado. Com a inauguração da fábrica prevista para este semestre no município do Conde, a 120 km de Salvador, a empresa vai beneficiar 100% do fruto, produzindo água, óleo, farinha, leite de coco, além de fibra, que será usada para fazer biomantas. A meta da empresa é comercializar cerca de 70 milhões de litros de água de coco até 2017.

Auratiaca/DivulgaçãoA Aurantiaca tem uma proposta de produção baseada na gestão participativa com pequenos produtores e na remuneração por cumprimento de metas de todos os seus funcionários. Segundo o vice-presidente da empresa, Roberto Lessa, os 2.100 hectares de área total de produção prevista até o final de 2014 serão divididos em glebas, unidades de produção que ficarão sob a responsabilidade de um funcionário, chamado de arista, que terá metas de produtividade a serem cumpridas. “Ao longo do tempo, eles terão um histórico com essa área. Estarão sempre recebendo treinamento, capacitação para desenvolver habilidades como identificar pragas e doenças na planta, proteção ambiental em suas fazendas”, explica.

Uma das inovações da Aurantiaca é o sistema de rastreabilidade. O arista poderá monitorar o desempenho de cada coqueiro, por meio de uma placa com código de barras instalada no caule da planta. O código de barras informa, por exemplo, a quantidade de frutos produzida e as doenças que foram identificadas em casa planta. Atualmente, a empresa trabalha com 211 hectares de produção irrigada com microaspersão e totalmente focada na agricultura de precisão. Até dezembro deste ano, a área de produção será de 1.600 hectares.
Biomantas

Com capacidade para produzir 2.000 m² de biomantas de fibras por hora – atingindo 10 milhões m² ao ano – a indústria cria condições de atender a grandes demandas por esse produto no Brasil, usado como matéria-prima na área da construção civil, mineradoras e ferrovias. “O Brasil é o quarto maior produtor de coco do mundo, mas não existia capacidade instalada para atender o mercado em grande escala de biomanta. É nos Estados Unidos e na Alemanha, que não tem nenhum pé de coco, onde estão as maiores indústrias de fibras”, ressalta Lessa.

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