quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Crédito rural liberado entre julho e setembro atingiu R$ 43,9 bilhões

Montante representa 27,8% dos R$ 158 bilhões programados pelo governo para financiar a agricultura empresarial e familiar na safra atual

As liberações dos recursos oficiais do crédito rural de julho a setembro deste ano, nos três primeiros meses da safra 2013/2014, atingiram R$ 43,9 bilhões, valor 40,6% superior aos R$ 31,2 bilhões liberados pelos agentes financeiros no mesmo período do ano passado. O montante representa 27,8% dos R$ 158 bilhões programados pelo governo para financiar a agricultura empresarial e familiar na safra atual. Os dados foram divulgados nesta quinta, dia 24, pelo Departamento de Economia Agrícola da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura
De acordo com o levantamento, o crédito para a agricultura empresarial de julho a setembro cresceu 42,9% em relação ao mesmo período do ano passado, somando R$ 38,6 bilhões. As liberações correspondem a 28,4% do montante de R$ 136 bilhões previstos para esta safra. O desempenho ficou 5,11 pontos porcentuais acima do registrado entre julho a setembro de 2012. No caso da agricultura familiar, os financiamentos cresceram 20,4% para R$ 5,3 bilhões, que correspondem a 20,4% dos recursos programados (R$ 22 bilhões).

O total de crédito rural, de julho a setembro, para financiar o custeio e a comercialização da agricultura empresarial cresceu 39,2% em relação ao ano passado e alcançou R$ 30,2 bilhões. As contratações de crédito de custeio e comercialização com taxas de juros controladas aumentaram 33,8% para R$ 25,2 bilhões, enquanto a juros livres houve crescimento de 74,7% para R$ 5 bilhões. O levantamento mostra que a aplicação dos recursos obrigatórios pelos bancos (exigibilidade sobre 34% dos depósitos à vista) recuou 2,3% nos três primeiros meses desta safra, para R$ 13,6 bilhões. Em contrapartida os recursos da poupança rural aumentaram 345,8% para R$ 6,4 bilhões.

No caso dos programas específicos, um dos destaques é a linha voltada ao financiamento da classe média rural (Pronamp), cujas liberações de julho a setembro cresceram 31,2% para R$ 2,9 bilhões. O Banco do Brasil é o principal agente do Pronamp, com total de R$ 2,3 bilhões até o mês passado, valor 29,9% acima dos três primeiros meses da safra 2012/13.

Café e cana

Os financiamentos concedidos por meio dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) somaram R$ 704,3 milhões de julho a setembro, valor 11,9% superior ao liberado em igual período do ano passado. O montante já contratado do Funcafé corresponde a 22,1% dos recursos programados para esta safra (R$ 3,1 bilhões). Em igual período do ano passado, as contratações correspondiam a 30% dos R$ 2,1 bilhões 
programados para a safra 2012/13. Vale lembrar que neste ano houve demora na definição da programação de recursos do Funcafé, provocada pelo atraso na aprovação do Orçamento da União.

Outro programa que registra boa demanda nesta safra é o destinado ao financiamento da estocagem de etanol combustível (juros de 7,7% ao ano), com liberação de R$ 881,9 milhões nos primeiros três meses da safra atual, valor bem acima dos R$ 55,8 milhões liberados em igual período do ano passado. O governo manteve a programação de total de recursos para estocagem de etanol em R$ 2 bilhões.

Os financiamentos para investimento de julho a setembro atingiram R$ 8,38 bilhões, valor 64,2% superior aos R$ 5,1 bilhões liberados em igual período do ano passado. As contrações das linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) cresceram 33%, para R$ 4,2 bilhões, enquanto nas demais fontes houve aumento 115,6% para R$ 4,1 bilhões.


Nas linhas de investimento, o destaque negativo é o programa de agricultura de baixo carbono, cujas liberações nesta safra (julho a setembro) recuaram 12% para R$ 528,3 milhões. O destaque positivo no crédito para investimento ficou para o Pronamp (juros de 4,5% ao ano), com aumento de 99,3% nas liberações, para R$ 832,8 milhões, dos quais R$ 660,6 milhões foram autorizados pelo Banco do Brasil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivo do blog