domingo, 3 de novembro de 2013

Israel cria “superplanta” que pode ajudar a combater a fome mundial

Cientista esquece de regar planta e descobre que ela pode ser muito resistência às secas longas

professor de biologia Shimon Gepstein, da Technion University, de Haifa, foi pioneiro em uma pesquisa que pode representar um grande avanço no fornecimento mundial de alimentos.

Ele descobriu a característica de suas plantas geneticamente modificadas quando esqueceu de regá-las por algumas semanas. Referenciadas pelos pesquisadores como “superplantas”, elas não apenas sustentam a produção do hormônio "citocinina", que previne o envelhecimento e facilita a fotossíntese contínua, como exigem menos água para seu crescimento.

“Essas plantas conseguem sobreviver a secas, conseguem ficar até um mês sem água e, mesmo que sejam regadas, precisam de apenas 30% da quantidade de líquido que plantas normais necessitam”, explica Gepstein, que acrescenta: “Os vegetais e as frutas agora duram o dobro e, às vezes, três vezes mais, após serem cortados, caso venham de plantas geneticamente modificadas. Colhi uma alface modificada e esta levou 21 dias até começar a ficar amarronzada, enquanto que alfaces normais já ficam ruins em cinco ou seis dias”.

Já que as superplantas vivem mais, geram safras maiores, o que pode ajudar inúmeros países que atualmente vem sofrendo com a escassez de água e com a falta de alimentos causadas pelas secas.

De acordo com o Programa Alimentar Mundial, “desastres naturais, como enchentes, tempestades tropicais e longos períodos de seca estão aumentando — com consequências calamitosas para a segurança alimentar dos países pobres e em desenvolvimento. A seca é hoje a causa mais comum da escassez de comida no mundo. Todos os anos, secas recorrentes causam prejuízos em safras e perdas pesadas na pecuária, em partes da Etiópia, da Somália e do Quênia. Em muitos países, mudanças climáticas estão amplificando condições naturais já adversas por natureza”, lembra o pesquisador.


“Descobrimos que depois de um mês sem serem regadas, elas estavam tão bem quanto se tivessem recebido água, e assim poderíamos levar suas sementes para zonas áridas, onde há riscos de secas severas, e alimentar a população. Apesar de toda a conotação negativa que a expressão “geneticamente modificado” carrega, posso afirmar que essas plantas não são perigosas para a saúde humana, pois nós as alteramos utilizando seus próprios componentes, nada foi adicionado a elas”, conclui Gepstein.

A superplanta poderia ser utilizada principalmente em países que sofrem com estiagens longas. No Brasil a região nordeste seria bem aproveitada  por essa nova descoberta.

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