sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Próxima semana deve trazer mais mais chuva para o Nordeste

O período que vai dos dias 19 a 24 de novembro trará um bom alívio aos agricultores nordestinos. Uma frente fria deve conseguir avançar pela Bahia e levar volumes de até 200 milímetros para várias regiões do Estado. Para o Maranhão, os volumes serão menores, mas expressivos, devendo chegar a 80 milímetros acumulados. As primeiras pancadas poderão ocorrer já neste fim de semana, possibilitando a recuperação dos níveis de umidade e favorecendo o plantio em várias regiões, como em Balsas, no Maranhão; Mossoró, no Ceará e Chapada Diamantina, na Bahia.

Os volumes podem chegar aos 200 milímetros acumulados em grande parte da Bahia até o dia 24


Vale a pena ressaltar que o regime de chuvas é bem dividido por três regiões do Nordeste. De novembro a janeiro, as pancadas ocorrem preferencialmente no sul da Bahia e em parte do interior nordestino por conta da atuação de frentes frias. De fevereiro a abril, essas chuvas migram para a faixa norte que vai do Maranhão ao Rio Grande do Norte, por causa da Zona de Convergência Intertropical, um cinturão de nuvens carregadas que ora está no hemisfério norte do planeta, ora está no hemisfério sul, pegando esse território do Nordeste.

Já no período que vai de maio a agosto, as instabilidades são decorrentes das ondas de leste. São nuvens carregadas, provenientes do continente africano, que atravessam todo o oceano Atlântico carregando umidade até a faixa leste do Nordeste.

– O grande problema é que nos últimos dois anos nenhum destes sistemas da chamada quadra chuvosa atuou de maneira significativa no Nordeste do Brasil, já que as águas do oceano estavam um pouco mais frias do que o normal, algo que não favorece o aumento do volume de chuva – explica o climatologista Paulo Etchichury.

De acordo com Etchichury, a situação do ano que vem está melhor para os agricultores quando comparamos com os anos de 2013 e 2012. Mesmo assim, as chuvas ainda ficam dentro ou ligeiramente abaixo da média, algo que dificulta a reversão do deficit hídrico de mais de 24 meses em alguns locais.

– Mesmo com a volta das pancadas, muitas áreas ainda estão com apenas 10% de umidade – explica o climatologista.


O ideal para a agricultura são índices em torno dos 60% a até três metros de profundidade do solo.

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